História dos Jardins
- Flora Healing
- 20 de set. de 2021
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Ao longo da história, os #Jardins participaram da construção social de povos das diversas partes do planeta, estiveram presentes como testemunha do momento cultural, das riquezas e da religiosidade dos povos.
Os jardins da Antiguidade eram instalados no interior ou no entorno de palácios, em áreas planas ou em patamares, e plantavam-se frutas, legumes e flores para alimentação e também para a celebração de rituais.
De acordo com historiadores os jardins egípcios foram implantados há cerca de 4.000 anos e eram orientados de acordo com os pontos cardeais. Os jardins mais famosos da Antiguidade foram os Jardins Suspensos da Babilônia (605-652 a.C.), foi construído pelo rei Nabucodonosor em oferecimento a sua esposa.
Considerada uma obra ousada de engenharia com seu complexo sistema de irrigação, os Jardins Suspensos eram compostos por uma escadaria de terraços na encosta de um morro, e foram aclamados como uma das maravilhas do mundo.
Os jardins persas eram influenciados pelo islamismo e apresentavam elementos da natureza como, terra, fogo, ar e água. Nestes jardins cultivavam-se frutíferas, plantas ornamentais e aromáticas.
Na Grécia antiga os jardins eram locais sagrados, com vegetação nativa e sem interferência humana. Os gregos não aprovavam os jardins do oriente e cultivavam jardins utilitários, com legumes para o consumo, trigo para o pão, árvores frutíferas, oliveiras e algumas flores. Apesar do predomínio do pensamento racional, as formas dos jardins buscavam sempre a natureza.
Os jardins japoneses também eram propícios para meditação e repletos de simbologia. Em sua aparente simplicidade, eram extremamente elaborados, cada detalhe assumia grande importância. O princípio da arte nos jardins japoneses consistia em concentrar a atenção no essencial, seja nas formas precisas ou na vegetação utilizada.
Em guerras, variedades botânicas eram parte do tesouro recolhido por vencedores.
Hoje, os jardins botânicos são lugares de conhecimento, de relaxamento e proximidade com a natureza. Nem sempre foi assim. A história dos jardins botânicos ao redor do mundo está intimamente ligada à história da Botânica das disputas políticas e econômicas e conhecimento humano.
Essa seleção humana de plantas também esteve ligada às guerras por territórios, em que uma vez conquistado o inimigo era preciso recolher os tesouros – entre eles estavam diversas variedades botânicas que poderiam se transformar em alimento, entretenimento, remédio ou deleite visual.
Da China aos gregos da Antiguidade, a ideia de recolher num só lugar espécies de várias localidades foi uma constante. Todos esses jardins tinham, primeiramente, uma função medicinal. As plantas, na época, eram remédios. Foi apenas no século XVIII quando o Iluminismo tomou conta dos corações e mentes da Europa, que os jardins medicinais se transformaram em locais de estudo e ciência.
O filósofo Jean-Jaques Rousseau ajudou a difundir a ideia de exaltação da natureza, que contribuiu tanto para alertar para a necessidade de se plantar árvores na cidade como para a criação de um lugar de estudo de plantas. A aclimatação de plantas tornou-se uma ciência e se desenvolveu ao lado da botânica.
Por toda a história cultural, os jardins proporcionaram sentimentos positivos aos moradores de uma casa e/ou de um espaço de convívio social. Foram retratados como poder, naturalidade, pacificidade, intelectualidade e harmonia.
E você, qual lembrança tem dos jardins na sua vida?




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